Condomínios não são imunes à emergência no caixa
Por Dariane Campos
Jornal dos Condomínios
Mesmo a administração mais zelosa pode precisar de um financiamento ou rateio extra para cobrir gastos inesperados
Entre os principais desafios enfrentados diariamente pelo síndico está a missão de manter a saúde financeira do condomínio. Só que essa tarefa nem sempre é fácil, ainda mais quando o gestor tem alta taxa de inadimplência no prédio ou trabalha com um caixa bem apertado, com verba apenas para quitar as contas do mês. E, mesmo nas administrações mais cautelosas, podem ocorrer situações que exijam um maior jogo de cintura por parte do gestor, principalmente para que ele consiga driblar o problema e possa buscar mais recursos, reorganizando o caixa condominial para enfrentar o momento de turbulência, independentemente se for via financiamento ou rateio extra.
Obras de emergência, compras de equipamentos e necessidades de manutenções não programadas estão entre as dores de cabeça mais inesperadas. No caso da síndica profissional Joice Honório, que há 4 anos atua no mercado catarinense, para conseguir iniciar uma obra de melhoria no hall de entrada de um dos edifícios que administra em Itajaí foi necessário recorrer ao financiamento bancário. Sem muito fluxo de caixa, a gestora decidiu, em comum acordo com os condôminos, que seria mais assertivo buscar outro meio de arrecadar o valor sem que fosse por rateio.
“Queríamos que a obra começasse e terminasse logo, por isso optamos pelo financiamento. Juntar o valor via rateio extra traria mais transtornos e a reforma demoraria muito tempo para ser executada”, explica Joice. A síndica ainda recorreu ao financiamento mais duas vezes, para outros dois espaços que também administra na mesma cidade. Em um dos condomínios, para sair do aluguel de equipamento de segurança, os moradores optaram pela compra do kit e conseguiram uma parcela mais atrativa. Já no outro, além dos itens de segurança, o valor ainda foi investido em melhorias na infraestrutura do prédio.